domingo, 4 de abril de 2010

Hoje meu domingo de Páscoa foi muito bom, passei o dia em familia, estou bem, comi muuuuito chocolate, só faltou meu filho Michel e pelo menos um telefonema do meu amor, mas ele não ligou...
Agora vou navegar um pouquinho e depois descansar pois amanhã começa tudo de novo.
BJS

sábado, 3 de abril de 2010

Hoje meu dia foi normal, trabalhei e passei muito bem graças a Deus!
Amanhã é domingo de Páscoa poderei comer meu chocolate tranquilamente, pois estou bem, amo chocolate.
Hoje voltando ao assunto da doença gostaria de falar um pouco sobre Preconceitos; isso é muito comum com a gente, começando por nois mesmos, a maioria dos pascientes com essa doença tem muito preconceito em assumir, em falar da doença, pura bobagem!
Se assumir torna muito mais fácil a nossa tragetória...precisamos aceitar o que cabe a nois mesmos, pois o que é pra gente, ninguem pode passar pela gente...
Mas é muito comum sofrermos esses preconceitos, passei por muitos, muitos dos meus "amigos" se afastaram por desconhecerem a doença e nem quizeram se informar melhor, apenas se afastaram por medo, de certa forma foi bom; pois assim pude saber quem era "amigo" de verdade, hj vejo que muitos deles não mereciam minha amizade, mas hj tb tenho muitos amigos de verdade, que sei que estarão sempre ao meu lado em qualquer fase da minha vida, e aproveito para agradecer a voces meus amigos de verdade por todo apoio e carinho, amo voces! Á voces o meu muito Obrigada!
Super Beijo a todos e Feliz Páscoa!!!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eu tenho a doença a 17 anos, no começo foi muito difícil, não se descobria o que eu tinha.
Tudo começou com uma diarréia que não parava, procurei o médico que receitou um remédio e mandou que eu voltasse na semana seguinte; nada mudou ele trocou o remédio e na próxima semana nada, então ele descidiu me internar e investigar; não se descobriu nada...o tempo foi passando, passando e nada... e eu cada dia pior, perdendo muito peso e com dores horriveis, dores que só quem tem sabe como é.
Durante esse tempo passei pela emergencia do hospital Alcides Carneiro quase todos os dias, só melhorava com medicamento na veia, procurei todos os proficionais que me informaram, fazia exames e mais exames e não dava nada, nesse período ainda engravidei e tive que parar as investigações e começar um pré natal, foi uma gravidez bem complicada, com muitas idas a maternidade, depois do sexto mes eu melhorei e o final da gravidez foi bem normal.
Quando meu filho estava com 6 meses de vida eu comecei com as dores novamente e muito pior que antes, começou então as investigações novamente e meus exames não davam nenhuma alteração, cheguei a pesar 49 quilos, muito anemica e frágil,se passaram 8 anos, até que numa manhã eu acordei com muitas dores e febre, me recusei a ir ao hospital, não aguentava mais, e acho que o pessoal dos plantões tb não aguentavam mais me ver lá, o dia passou e no final da tarde eu estava muito mal, fui então pro hospital Casa da Providencia onde fui internada com diagnostico de apendicite supurado, fui operada e daí veio a noticia que eu tinha doença de Crohn que tinham tirado uma parte do meu intestino com aproximadamente 1 metro, foi um choque... eu estava muito debilitada e a recuperação foi muito dificil, daí se passaram mais 2 anos de hospital e casa, meu filho foi criado pela minha mãe e o mais velho morava com o pai, era cirurgia em cima de cirurgia e tudo só complicava, mas eu tinha uma vontade muito grande de viver e lutava muito para isso, cheguei a ser desenganada pelos médicos por 2 vezes, mas eu queria viver...queria muito ver meus filhos crescerem, queria muito ser feliz com meu companheiro que tb sofreu muito comigo, ele passou maus momentos nessa época, ele era caminhoneiro e ía viajar me deixando em casa mais ou menos bem e quando retornava as vezes recebia a noticia que eu estava internada de novo, foi uma loucura...
mas eu estava em tratamento, mas não reagia muito, fui então pro Hospital do Fundão onde tudo começou a melhorar, peguei especialistas na doença e comecei a entender que dependia muito de mim tb, eu fui procurar ajuda psicológica e quando eu aceitei então a doença; eu melhorei muito, fui pra Curitiba e peguei um médico que a mãe dele tb tinha a doença e ele sabia tudo da doença, foi muito bom e depois de um ano com tratamento com ele saí finalmente da crise, parei com o corticoide e fiquei só com um imunossupressor (azatioprina) hj já faz 5 anos que não tenho uma crise graças a Deus! vivo uma vida quase normal e quase não tenho dieta, só preciso mesmo evitar gorduras e coisas que soltem o intestino, pois a minha diarréia nunca passou, são 17 anos, mas depois de tanto perder peso e inchar com o uso do meticortem hj tenho um peso super normal, preciso me cuidar pra não engordar, rsrsrrsr.
Meu filho Michel hj com 21 anos sofreu muito na época pois ele só tinha 8 anos e morria de saudades da mãe, ele ía ao hospital com a avó mas não deixavam ele entrar, o Saulo o mais novo com 13 anos hj, não sentiu tanto, pois era um BB, não entendia o que se passava, mas hj ele tem muito medo de me perder, fica muito colado comigo e preoculpado, o tempo todo perguntando se eu estou bem.
Meu Amor o Antonio tb se preoculpa bastante, nesse período foi tantas idas e vindas, mas estamos aí nos amando e felizes a nossa maneira, sei que esse amor que sinto por ele que é imenso me deu muita força pra lutar pela vida, dizem os médicos que durante as cirurgias eu só falava nele, eu o amo muuuuito...
Hj estou muito bem, faço meu tratamento de rotina, não esqueço do remédio e trabalho como manicure, sou feliz!!!
Tem dias que vou mais vezes ao banheiro...outros um pouco menos, mas tiro de letra.
Gostaria muito de conversar com pessoas que tem esse problema ou que queiram saber mais a respeito.
Daqui pra frente estarei sempre relatando os meus dias.
Até a próxima... BJS